segunda-feira, 10 de outubro de 2011

“Soneto á quem se entrega”

Pela manhã ando como
Quem ainda adormece,
Ao meio dia ando como
Quem tem fome, à tarde

Distraio-me com pássaros
Nos galhos, se te abraço,
Isto faz como quem ama
A moça dos meus sonhos!

À noite já não tenho sono,
De madrugada me desmonto,
Caio na cama, e me afogo
Em teus beijos, como quem
Não sabe nadar.

“Testamento”

Aceita o que te deixo,
É quase nada eu sei!
Mas são palavras de
Doce som é muito

As linhas cheias de
Palavras que te pode
Confortar quando por
Acaso, sentir saudades

Minhas, se te lembras;
Lembras também das
Flores que te dei, das
Muitas vezes que eu

Chorei, eu, há sim, eu
Lembro-me das muitas
Vezes que me acolheu,
Por isso te deixo um

Pouco deste eu, meu
Testamento, quase nada,
Eu sei, mas muito, pois
Fará-te lembrar, de nos!

“Num milhão de rostos”


No meio de tantos rostos esta o Meu, num milhão de rostos não Consegui ver um se quer, não pode Eu perceber uma expressão, um

Olhar que me fitasse um sorriso Que me acalentasse, um beijo que Me tocasse num milhão de rostos Eu consegui me esconder de tantos

Outros rostos, nesta selva de pedras Tornam-se insensata a face que se Expõe, pois se faz a perceber por Gritos, inquietude que quebra o Silencio de

Tantas outras faces silenciosas ao Desfilarem por ruas que parecem as Conduzirem a um só lugar. Engano Meu!  Cada face tem seu destino, Eu... tenho o meu.

“No Teu Intimo Silencio”

Chora em silencio, no intimo
Escondes a dor desta causa
Que sem controle insiste em
Apertar-lhe o peito!

A nobre dor que por mais a
Torture, mostra lhe um caminho
Que a ensina as duras penas
A beleza do amor!

A tua alegria revela e é pura,
Bem vinda do teu intimo. Lá
De dentro a paz que agora é
Toda tua. A sombra que outrora

Assombra-lhe, agora é tua fiel
Companheira, finda em ti a
Tristeza que humildemente á
Aceita por causa do destino

Traçado no dia em que a ti deste
A luz, tua amada e sempre mãezinha.



Feito passarinho preso


Você veio e eu me apaixonei,
O meu coração agora é teu,
Estou nas tuas mãos,
Sinto o tempo passar bem

Devagar, coração
Preso na gaiola feito passarinho
Sem ter destino.
Esqueço de tudo, só lembro

De você, que me
Segue com olhar apaixonado,
Vou do teu lado,
Meu coração agora tem dono.

E você que eu quero para
Ser o meu amor.
 Feito passarinho preso,
Sou eu em tuas mãos, me beija me abraça,
Aquece-me, sol da manhã, meu amor.

Joel Costadelli.